Kari Vieira

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Rio de Janeiro , RJ, Brazil
Ôdekasa, é uma mania regional das pessoas baterem à porta das casas para pedirem informações... São peculiaridades dos "mineiros",das pessoas do interior, das pessoas simples e bem chegadas... O meu Ôdekasa é isso! Chegue mais, com um sorriso no rosto, a paz do interior, o jeito humilde e prestativo de lhe servir uma caneca de café, uma broa de milho, ouvir histórias, músicas, andar com pés no chão, e com uma ternura no olhar sempre! Toc Toc Toc... ÔdeKasa ! Sejam sempre bem vindos!

29 de novembro de 2011

Na Berlinda, o Coração.




Há momentos em que tudo que a gente precisa é dar colo para o próprio coração. Aconchegá-lo. Deixar que perceba que naquele instante todas as outras coisas podem nos esperar um pouco; ele, não. Ele é o nosso rei e o nosso reino. O papel para desenho e a caixa de lápis de cor. A música e a orquestra. Nossa bússola e nosso mar.A flor, o pólem, a borboleta, ao mesmo tempo. A colméia e o mel. O centro onde tudo principia e para o qual tudo converge. Ele não pode esperar.
O coração da gente gosta de atenção. De cuidados cotidianos. De mimos repentinos. De ser alimentados com iguarias finas, como a beleza, o riso e o afeto. Gosta quando espalhamos os seus brinquedos no chão e sentamos com ele para brincar. E há momentos em que tudo o que ele precisa é que preparemos banhos de imersão na quietude para lavarmos, uma a uma, as partes que lhe doem, e que o levemos para revisitar, na memória, instantes ensolarados de amor capazes de ajudá-lo a mudar a  frequência do sentimento. Há momentos em que tudo que precisa é que reservemos algum tempo a sós com ele para desapertá-lo com toda delicadeza possível.
Ana Jácomo.

3 de novembro de 2011

Nasci pra poucos e morro por quase ninguém '




Sorrir com os olhos, falar pelos cotovelos, meter os pés pelas mãos.

Em mim, a anatomia não faz o menor sentido. Sou do tipo que lê um toque, que observa 


com o coração e caminha com os pés da imaginação. Multiplico meus cinco sentidos por 


milhares e me proponho a descobrir todos os dias novas formas de sentir. Quero o cheiro da 


felicidade, o gosto 


da saudade, o olhar do novo, a voz da razão e o toque da ternura. Luto contra o óbvio, 


porque sei que dentro de mim há um infinito de possibilidades e embora sentimentos ruins 


também transitem por aqui, sei que devo conduzi-los com a força do pensamento até a porta 


de saída. 


Decidi não delegar função para cada coisa que eu quero. Nem definir o lugar adequado 

para 


udo de bom que eu sinto. Nossos sentimentos são seres vivos e decidem sem nos consultar. A 


prova de que na vida, rótulos são dispensáveis e sentimentos inclassificáveis.








02-11-2011




Kari