Em 1963, George Bally e Arduíno Colassanti, começaram a shapear as primeiras pranchas de isopor. Com uma lixa grossa presa a uma madeira, levavam dois dias para fazer uma prancha. A referência era uma foto de revista.
Em 1964, Mário Bração e Irencir, conheceram o australiano Peter Troy, que trouxe outlines (templates) e noções de shapear de seu país. Ainda usava o madeirão como lixa, o ralador de côco e a grosa. Mais tarde apareceu o "Suform" importado, mas o bloco ainda era de isopor. Enquanto isso, em SP, Homero fazia as primeiras pranchas de madeira oca. Inspirado em pranchões gringos.
Em 1965, o Cel Parreiras fundou a primeira fábrica de pranchas no Brasil: a São Conrado Surfboard, no RJ. Parreiras adaptou para o shape uma técnica usada no aeromodelismo: após colar a longarina com a curva desejada, usava fio quente para cortar o fundo e o deck acompanhando a curva da longarina. A seguir cortava o outline e dava o finish. Seus shapers Mário Bração e Ciro Beltrão. Mais tarde, Carlos Mudinho também passou a shapear na São Conrado.
Enquanto isso, em SP, além de Homero, Eduardo Faggiano, o Cocó, Nelsinho e Lagartixa, faziam pranchões de madeira envergados com calor. Mas logo aderiram ao isopor e a técnica do fio quente, a exemplo de pioneiro Parreiras.
Em 1967, Penho volta do Hawaii, trazendo a primeira plaina Skill e a técnica de shapear. Porém, as minimodels haviam acabado de surgir e ninguém sabia exatamente o que shapear. Faziam-se miniguns e minipranchões, mas nada com embasamento teórico. Nessa época surgiram os shapers Miçari, Rico, Wanderbilt, Tito Rosemberg, Marcelo "Caneca", Otávio Pacheco, Maraca, Zeca Guaratiba, Isso Amsler, Paulo Aragão e Dentinho.
Em 1969, o Cel. Parreiras, lança o poliuretano branco com química importada Clark Foam. Paralelamente, Homero cria a primeira fábrica de pranchas de SP e passa a comprar blocos Clark Foam do Cel. Parreiras. Inovador, Homero alcançou popularidade em todo o Brasil. Além de ter criado, provavelmente, a primeira máquina de shape do mundo, dava garantia de 1 ano para suas pranchas modelo Homero Luxo e de 6 meses para o modelo "Superlight".
Nessa mesma época, Tito Rosemberg voltava da Europa e EUA, com um Know-How bastante avançado para a época, passando a dividir o mercado brasileiro com Homero.
Em 1970, o surf explodiu, e a moda era shapear a própria prancha. Surgiram então muitos nomes: No Rio, Bocão e Betão, Pepê Lopes e Jorge Pritman, Lype Dylong, Daniel Friedman, Ricardo Bravo, e mais tarde Heinrich Reinhard, Heitor Fernandes, Italo Marcelo, Gustavo Kronig e Victor Vasconcelos. Entre outros. Em SP, Guto Navarro (Maui) Eduardo Argento (Twin), Brito (Moby), Flávio La Barre. Longarina, Paulo Rabello, Pascoal, Jorge Português, Jorge Limoeiro, e mais tarde Almir Salazar, entre outros.
Autor: Adriana Fernandes
Data: 8/6/2001
E pra quem gosta e curte como eu...aí vai um site maneiríssimo: Siebert Woodcraft Surfboards, com sede em Floripa, é especializadas em pranchas de surf construidas 100% em madeiras. Veja o site, é luxuoso!
http://www.siebertsurfboards.com/
bjs !
Belo post Karina... legal ver outras pessoas da nova geração dando importância...
ResponderExcluirKarininha, bela matéria, PARABÉNS!
ResponderExcluirEsqueceu de mim: Ronald (O Espanhol da Itararé SV) o primeiro a cobrir pranchas com resina Epóxi, e o primeiro a surfar no litoral paulista com uma duas quilhas. O Epóxi era muito mais leve e não comia o isopor usado na época antes do Poliuretano, isso em 1970....
ResponderExcluir